Com a pesquisa que fiz sobre as possibilidades no mercado de trabalho e até mesmo, a atuação do profissional no âmbito hospitalar, pude perceber que as variedades são muitas, mas as indiferenças sociais também.
Muitas pessoas que precisam desse atendimento especializado, estão sem a atenção devida, por não terem a mesma condição social e financeira, que muitas outras pessoas tem.
Precisamos refletir sobre todo este contexto e fazer uma nova história desta profissão maravilhosa que está crescendo a cada dia. Mais do que ganhar uma reconpensa financeira, temos que querer ganhar a melhor de todas... a recompensa pessoal e profissional.
Pense Nisso!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Psicologia Hospitalar - Possibilidade no mercado de trabalho
Para que o psicólogo esteja capacitado a trabalhar em saúde, é imprescindível refletir se sua formação lhe dá as bases necessárias para essa prática. A aprendizagem não deve ser só teórica e técnica, pois o psicólogo tem que ser comprometido socialmente, estar preparado para lidar com os problemas de saúde de sua região e ter condições de atuar em equipe com outros profissionais.
Segundo Sebastiani, Pelicioni e Chiattone (2002), a formação do psicólogo na América Latina e no Brasil está vinculada basicamente ao tratamento individual baseado no modelo clínico, que é a base de sua identidade profissional. Entretanto, devido à grande demanda de trabalho existente no âmbito sanitário, muitas vezes profissionais mal- preparados seguem trabalhando no antigo modelo clínico individual e atuam na área da saúde sem ter conhecimento das ferramentas necessárias para uma atuação coletiva de prevenção e intervenção.
No Brasil, a formação em Psicologia é deficitária no que se refere aos conhecimentos da realidade sanitária do País, à participação em pesquisas e em políticas de saúde, indispensáveis para a determinação da sua prática e para o aprimoramento da especialidade (Dimenstein, 2000; Sebastiani, 2003). Essa formação elitista distancia o aluno e o profissional das demandas sociais existentes, não os habilitando para lidar com o sofrimento físico sobreposto ao sofrimento psíquico, a injustiça social, a fome, a violência e a miséria (Chiattone, 2000). Em conseqüência, enquanto as classes privilegiadas têm acesso ao tratamento psicológico, as classes menos favorecidas ficam desassistidas, pois o tratamento clínico gratuito em instituições públicas e clínicas-escola não abarca as necessidades de grande parte da população. Muitas vezes, são ensinadas teorias incompatíveis com a demanda e a realidade social, promovendo uma concepção de sujeito desvinculada do seu contexto sociopolítico e cultural. Obviamente, essas incongruências na formação de base geram dúvidas quanto à cientificidade da tarefa do psicólogo em alguns casos onde a realidade é a da extrema pobreza, já que a graduação em Psicologia dá ênfase ao modelo psicodinâmico e suas implicações clínicas, voltadas para a população mais privilegiada. Em síntese, a formação em Psicologia deixa praticamente de lado temáticas relacionadas às questões macrossociais relativas à saúde, contribuindo para a manutenção das estruturas sociais e das relações de poder sem utilizar todo o seu potencial questionador e transformador (Almeida, 2000; Dimenstein, 2000).
Então, qual seria a formação indicada para os psicólogos que desejam trabalhar no âmbito da saúde? Besteiro e Barreto (2003) afirmam que a formação do psicólogo da saúde deve contemplar conhecimentos sobre: bases biológicas, sociais e psicológicas da saúde e da doença; avaliação, assessoramento e intervenção em saúde, políticas e organização de saúde e colaboração interdisciplinar; temas profissionais, éticos e legais e conhecimentos de metodologia e pesquisa em saúde. Com relação ao psicólogo da saúde que atua especificamente em hospitais, é indispensável um bom treinamento em três áreas básicas: clínica, pesquisa e programação. Com relação à a área clínica, o psicólogo deve ser capaz de realizar avaliações e intervenções psicológicas. Na área de pesquisa e comunicação, é necessário saber conduzir pesquisas e comunicar informações de cunho psicológico a outros profissionais. Por fim, quanto à área de programação, o profissional deve desenvolver habilidades para organizar e administrar programas de saúde. Com essa formação integrada, é possível melhorar a qualidade da atenção prestada, garantir que as intervenções implantadas sejam as mais eficazes para cada caso, diminuir custos e aumentar os conhecimentos sobre o comportamento humano e suas relações com a saúde e a doença (Ulla & Remor, 2003).
Parece-nos, às vezes, que os profissionais da Psicologia são um “retrato” da desigualdade da sociedade brasileira, com suas práticas elitistas que beneficiam uma pequena parcela da população. Um exemplo seria a utilização indiscriminada da prática da psicoterapia individual, em contextos em que a população ou tem outras necessidades mais básicas, ou até não chega à instituição por falta de recursos. Confirma essa idéia a recente pesquisa realizada sobre o perfil do psicólogo brasileiro (CFP, 2003b), mostrando que 54,9% dos psicólogos que exercem a profissão trabalham na clínica em consultório particular, enquanto apenas 12,4% dos profissionais atuam em Psicologia da Saúde e 0,6% são pesquisadores.
O relato de Miyazaki et al. (2002) esclarece como pode ocorrer um processo de mudança permitindo maior inserção profissional de acordo com a realidade do País. Descrevendo o desenvolvimento e estágio atual do serviço de Psicologia de um hospital em São José do Rio Preto, os autores explicam a evolução de uma equipe de psicologia eminentemente clínica individual para um trabalho dentro dos moldes do que seria a Psicologia da Saúde. A intervenção individual não dava conta da demanda, e então foi instalado um programa denominado Aprimoramento em Psicologia da Saúde. Este possuía duração de dois anos e combinava a prática à pesquisa em Psicologia da Saúde. Segundo o relato, a atuação foi realizada em equipes interdisciplinares, abrangendo os níveis primário, secundário e terciário de atendimento. As intervenções se davam no ambulatório, no hospital, em centro de saúde-escola e na comunidade, sempre combinadas com pesquisas que justificassem suas ações. O hospital, na atualidade (2002), possuía 40 psicólogos (docentes, contratados e aprimorandos).
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/6082/psicologia-da-saude-x-psicologia-hospitalar-definicoes-e-possibilidades
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Complexo de Édipo
Trabalho realizado pelas acadêmicas, Bruna Stefanes Ribeiro, Jessica Leitempergher, Joyce Belli e Scheila Demarchi, do terceiro semestre de Psicologia da Uniasselvi.
a) Psicologia Hospitalar e o Complexo de Édipo
A Psicologia Hospitalar ajuda o paciente não só na questão psicológica, mas sim também com a questão físico, emocional. O Psicólogo Hospitalar promove intervenções em várias relações no qual o paciente se insere, como médico/paciente, família/paciente, paciente/paciente. Como também na questão do paciente e sua relação com o processo de adoecer e hospitalização e observar as manifestações emocionais e psíquicas que emergem diante desta situação.
Agora pensamos na relação da Psicologia Hospitalar com o que o Nasio nos trás em seu livro, Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa, podemos trazer a questão das doenças da fase adulta, das fobias, histerias, anorexia em fim as chamadas neuroses que são doenças que se desencadeiam através do complexo de Édipo. Por exemplo, o livro traz a questão do abandono real ou imaginário na infância que na fase adulta se resulta em uma fobia, então esse paciente junto com seus familiares poderia ter um acompanhamento de um psicólogo hospitalar.
b) um breve resumo sobre, Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa.
O Édipo nada mais é do que desejo sexual inconsciente pelo seus pais, sem mesmo entender eles passam de pais os “exemplos”e se tornam parceiros sexuais, e a todo momento buscam a satisfação de si mesmo, gerada por essa descoberta do falo, e conseqüentemente todas essas fantasias inconscientes criadas por eles mesmos..O Édipo bem como uma criança de 4 anos é o resultado de uma experiência onde a tentativa de controlar seu desejo sexual, quase incontrolável por ser inconsciente, onde a menina tenta afastar o pai da mãe para poder ficar com ele e o menino afastar o pai, e desta forma a todo momento procuram se socializar, assim como aprendemos a viver em sociedade e desta forma os pais como os principais alvos.Durante esse periodo o menino foca todo esse prazer sobre pênis, e toda atenção é voltada para ele, e ao olhar sua mãe, com roupas onde mostrem o corpo ou até mesmo a criança tendo atitudes como morder a mãe a irmã, resulta nas fantasias criadas no inconsciente, se tornando então parte de um incesto.Sendo assim a criança a partir dos resultado disso tudo, tanto da forma como os pais lidam com isso, suas atitudes perante seus filhos, interfere nas características da identidade sexual das crianças.E ao contrário do menino, a menina primeiramente busca a mãe, quer se parecer com ela, por ser diferente do menino, pois seu falo ao contrário dele é a imagem de si e ao perceber isso se sente lesada.E então a abandona para atrair a atenção sexual de seu pai, que ao ser rejeitada o pai passa de objeto de desejo para um exemplo, ela passa querer ser igual a ele.E ambos, tanto na menina como no menino acontece a sexualização e a dessesualização.
Dentro de tudo isso, e com o resultado podemos tirar uma conclusão de como é formada a sexualidade de um homem e uma mulher.
O Édipo é uma realidade e uma fantasia ao mesmo tempo, mas é concebido com uma fantasia inconsciente sendo esse o conceito mais crucial da psicanálise.
O livro também trata da questão do “Édipo invertido” porque até então o menino se volta para a mãe como parceira sexual e para o pai como rival, no caso da inversão o menino se volta para o pai como seu parceiro. O Édipo do menino é permitido se entender por três atos. Primeiro é que aos olhos de uma criança, todos habitantes do planeta, seja homem ou mulher, todos são portadores do Falo, ou seja, o pênis. Falo é um nome fantasia que se da ao pênis que é um símbolo que representa o poder. Na menina como não se tem o pênis, a base do seu Falo são as sensações erógenas que provem dos seus órgãos genitais. Segundo é que o menino estabelece uma relação afetiva com o pai, porque ele é um modelo a ser seguido e terceiro é que ele tem o pai como seu rival porque o pai lhe impede de possui a sua mãe, alem de que ele vive sob angustia de castração, porque um dia ele descobre em um corpo feminino a ausência do Falo, que, no entanto para ele todos era portadores deste. Então vem a duvida, se um dia ela teve e perdeu, isso significa que eu também posso perder o meu. No Édipo invertido o terceiro ato se consiste uma posição feminina do menino em relação ao pai.
Na menina o Falo é representado pelo seio da mãe, que no desmame passa a ser sua rival por ter privado ela do prazer de mamar. Quando ela descobre que não possui o Falo passa a invejá-lo e questionar a mãe por não ter lhe contado antes que ela não possuía essa potencia que o pênis representava.
Na idade adulta o retorno do Édipo é representado pela neurose ordinária que é o conflito com as criaturas que amamos e a neurose mórbida que se manifesta pela fobia, histeria e obsessão.
J. -D. NASIO. Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007
c) a importância do glossário
Sabe quando você lê um livro na qual existem muitas palavras que lhe despertam a curiosidade de saber o que é até mesmo porque talvez você já ouviu falar delas, mas não no mesmo sentido que o livro Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa traz para nós leitores. Então é por isso que nós lhe convidamos para entender um pouco melhor sobre esses termos psicanalíticos. E se puder ler o livro, com certeza fará um ótimo exercício a sua mente.
d) Glossário
Castração: “Em psicanálise, o conceito de “castração” não corresponde á acepção habitual de mutilação dos órgãos sexuais masculinos, mas designa uma experiência psíquica completa, inconscientemente vivida pela criança por volta dos cinco anos de idade, e decisiva para a assunção de sua futura identidade sexual.”
(J.-D. Nasio, 1997; p. 33)
Édipo: Para a psicanálise, o Édipo é a experiência vivida por uma criança de cerca de quatro anos que, absorvida por um desejo sexual incontrolável, tem de aprender a limitar, aos limites de sua consciência nascente, aos limites de seu medo e, finalmente, aos limites de uma lei tácita que lhe ordena que pare de tomar seus pais por objetos sexuais.
(NASIO, 2007, p. 12).
Erógeno: adj.(alem.:erogen;fr.:érogéne;ing.:erotogenic)
Diz-se de qualquer parte do corpo suscetível de manifestar uma excitação de tipo sexual. Para a psicanálise,a noção de zona erógena traduz o fato de que as pulsões parciais podem investir qualquer lugar do corpo.
(CHEMAMA. Roland, 1995, Pág:57).
Fálica: (fase) (alem.:phallische stufe (ou Phase);fr.:stade phallique;ing.:phallic stage (ou phase).Fase da sexualidade infantil,entre os 3 e os 6 anos,na qual,em ambos os sexos,as pulsões se organizam ao redor do falo.
Todavia,é verdade que o falo possui,como significante,um papel determinante para o sujeito,desde o início da vida, o que pode fazer com que se hesite em isolar uma fase fálica,enquanto tal.
(CHEMAMA. Roland, 1995, Pág.68).
Falo: o Falo não é o pênis enquanto órgão. O Falo é um pênis fantasiado, idealizado, símbolo da onipotência e de seu avesso, a vulnerabilidade.
(NASIO, 2007, p. 22).
Gozo: “Diferentes relações com a satisfação que um sujeito desejante e falante pode esperar e experimentar, no uso de um objeto desejado.”
(Roland Chemama, 1995; p. 90)
Histeria: s.f. (alem.: Hysterie; fr.: hystérie; ing.: hysteria). Neurose caracterizada pelo polimorfismo de suas manifestações clínicas.
A fobia, chamada algumas vezes de histeria de angústia, deve ser diferenciada da histeria de conversão. Essa última se distingue, classicamente, pela intensidade das crises emocionais e pela diversidade dos efeitos somáticos, que colocam em cheque a Medicina. A psicanálise contemporânea destaca a estrutura histeria do aparelho psíquico, engendrada por um discurso, dando lugar a uma economia e também a uma ética propriamente histérica.
(CHEMANA. Roland, 1995, Pág: 95 e 96).
Incesto: Relações sexuais entre parentes próximos ou afins, cujo casamento é proibido pela lei;por exemplo pai e filha,mãe e filho,irmão e irmã,tio e sobrinha,tia e sobrinho.
(CHEMAMA.Roland, 1995,Pág.105 e 106).
Masoquismo: Al.Masochismus; esp. Masoquismo; fr. Masochisme; ing. msochism.
Termo criado pro Richard von Krafft-Ebing * em 1986, e cunhado a partir do nome do escritor austríaco Leopold von Sacher-Masoch (1835-1895), para designar uma perversão* sexual – fustigação, flagelação, humilhação física e moral – em que a satisfação provém do sofrimento vivido e expresso pelo sijeito* em estado de humilhação.
( ROUDUNESCO. Elizabeth e PLON. Michel,1998, Pág: 500 e 501).
Metapsicologia: s.f.(alem.:Metapsychologie;fr.:métapsychologie;ing.:metapsycology)
Parte da doutrina freudiana considerada como a que deve esclarecer a experiência,a partir de princípios gerais,muitas vezes constituídos como hipóteses necessárias,em vez de sistematizações a partir de observações empíricas.
Se a obra de Freud atribui sua maior parte à abordagem clínica,se partiu do tratamento,e em particular do tratamento dos histéricos,não obstante logo teve a idéia de que seria absolutamente indispensável elaborar um certo número de hipóteses,de conceitos fundamentais,de “princípios”,sem os quais a realidade clínica seria incompreensível.Essas hipóteses se referem,em especial,à um aparelho psíquico dividido em instancias,a teoria do recalcamento,a das pulsões,etc.
Aliás,Freud tinha o projeto,que não conseguiu realizar por completo,de dedicar à metapsicologia uma grande obra.Seria nesse livro que se poderia falar de metapsicologia,sempre que se conseguisse descrever um processo em seus três registros,dinâmico*,tópico* e econômico*.
(CHEMAMA.Roland,1995,Pág:136).
Narcisismo: Amor que o sujeito atribui a um sujeito muito particular: a si mesmo.
(Chamama, 1995, p. 139)
Neurose: “É um sofrimento psíquico provocado pela coexistência de sentimentos contraditórios de amor, ódio, medo e desejos incestuosos para com quem se ama e de quem se depende.”
(NASIO, 2007,p.93)
Supereu: s.m. (alem.: Uber-Ich; fr.: surmoi;ing.:superego). Instância da nossa personalidade psíquica, cujo papel é de julgar o eu.
O termo “supereu” foi introduzido pro Freud, em 1923, em O ego e o id. O Supereu é a grande inovação da segunda tópica. Em novas conferências introdutórias spbre psicanálise (1933), Freud fornece dela esta descrição: “ Quis fazer um ato capaz de me satisfazer, me renunciei a ele, devido a oposição da minha consciência. Ou, ainda, cedi a um grande desejo; e, por sentir uma grande alegria, cometi um ato que minha consciência reprova; uma vez realizado o ato, minha consciência provoca, por suas censuras, o arrependimento [...]”. O supereu, que inibe nossos atos ou que provoca remorsos, é “ a instância judiciária de nosso psiquismo”. Portanto, está no centro da questão moral.
(CHEMANA. Roland,1995, Pág:210).
e) referencias
CHEMAMA, R. Dicionário de Psicanálise. 1. Ed. Porto Alegre. Artmed, 1995. 240p.
J. -D. NASIO. Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007
ROUDINESCO, E ; PLON, M. Dicionário de Psicanálise. 1. Ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar,1998. 874p.
a) Psicologia Hospitalar e o Complexo de Édipo
A Psicologia Hospitalar ajuda o paciente não só na questão psicológica, mas sim também com a questão físico, emocional. O Psicólogo Hospitalar promove intervenções em várias relações no qual o paciente se insere, como médico/paciente, família/paciente, paciente/paciente. Como também na questão do paciente e sua relação com o processo de adoecer e hospitalização e observar as manifestações emocionais e psíquicas que emergem diante desta situação.
Agora pensamos na relação da Psicologia Hospitalar com o que o Nasio nos trás em seu livro, Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa, podemos trazer a questão das doenças da fase adulta, das fobias, histerias, anorexia em fim as chamadas neuroses que são doenças que se desencadeiam através do complexo de Édipo. Por exemplo, o livro traz a questão do abandono real ou imaginário na infância que na fase adulta se resulta em uma fobia, então esse paciente junto com seus familiares poderia ter um acompanhamento de um psicólogo hospitalar.
b) um breve resumo sobre, Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa.
O Édipo nada mais é do que desejo sexual inconsciente pelo seus pais, sem mesmo entender eles passam de pais os “exemplos”e se tornam parceiros sexuais, e a todo momento buscam a satisfação de si mesmo, gerada por essa descoberta do falo, e conseqüentemente todas essas fantasias inconscientes criadas por eles mesmos..O Édipo bem como uma criança de 4 anos é o resultado de uma experiência onde a tentativa de controlar seu desejo sexual, quase incontrolável por ser inconsciente, onde a menina tenta afastar o pai da mãe para poder ficar com ele e o menino afastar o pai, e desta forma a todo momento procuram se socializar, assim como aprendemos a viver em sociedade e desta forma os pais como os principais alvos.Durante esse periodo o menino foca todo esse prazer sobre pênis, e toda atenção é voltada para ele, e ao olhar sua mãe, com roupas onde mostrem o corpo ou até mesmo a criança tendo atitudes como morder a mãe a irmã, resulta nas fantasias criadas no inconsciente, se tornando então parte de um incesto.Sendo assim a criança a partir dos resultado disso tudo, tanto da forma como os pais lidam com isso, suas atitudes perante seus filhos, interfere nas características da identidade sexual das crianças.E ao contrário do menino, a menina primeiramente busca a mãe, quer se parecer com ela, por ser diferente do menino, pois seu falo ao contrário dele é a imagem de si e ao perceber isso se sente lesada.E então a abandona para atrair a atenção sexual de seu pai, que ao ser rejeitada o pai passa de objeto de desejo para um exemplo, ela passa querer ser igual a ele.E ambos, tanto na menina como no menino acontece a sexualização e a dessesualização.
Dentro de tudo isso, e com o resultado podemos tirar uma conclusão de como é formada a sexualidade de um homem e uma mulher.
O Édipo é uma realidade e uma fantasia ao mesmo tempo, mas é concebido com uma fantasia inconsciente sendo esse o conceito mais crucial da psicanálise.
O livro também trata da questão do “Édipo invertido” porque até então o menino se volta para a mãe como parceira sexual e para o pai como rival, no caso da inversão o menino se volta para o pai como seu parceiro. O Édipo do menino é permitido se entender por três atos. Primeiro é que aos olhos de uma criança, todos habitantes do planeta, seja homem ou mulher, todos são portadores do Falo, ou seja, o pênis. Falo é um nome fantasia que se da ao pênis que é um símbolo que representa o poder. Na menina como não se tem o pênis, a base do seu Falo são as sensações erógenas que provem dos seus órgãos genitais. Segundo é que o menino estabelece uma relação afetiva com o pai, porque ele é um modelo a ser seguido e terceiro é que ele tem o pai como seu rival porque o pai lhe impede de possui a sua mãe, alem de que ele vive sob angustia de castração, porque um dia ele descobre em um corpo feminino a ausência do Falo, que, no entanto para ele todos era portadores deste. Então vem a duvida, se um dia ela teve e perdeu, isso significa que eu também posso perder o meu. No Édipo invertido o terceiro ato se consiste uma posição feminina do menino em relação ao pai.
Na menina o Falo é representado pelo seio da mãe, que no desmame passa a ser sua rival por ter privado ela do prazer de mamar. Quando ela descobre que não possui o Falo passa a invejá-lo e questionar a mãe por não ter lhe contado antes que ela não possuía essa potencia que o pênis representava.
Na idade adulta o retorno do Édipo é representado pela neurose ordinária que é o conflito com as criaturas que amamos e a neurose mórbida que se manifesta pela fobia, histeria e obsessão.
J. -D. NASIO. Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007
c) a importância do glossário
Sabe quando você lê um livro na qual existem muitas palavras que lhe despertam a curiosidade de saber o que é até mesmo porque talvez você já ouviu falar delas, mas não no mesmo sentido que o livro Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa traz para nós leitores. Então é por isso que nós lhe convidamos para entender um pouco melhor sobre esses termos psicanalíticos. E se puder ler o livro, com certeza fará um ótimo exercício a sua mente.
d) Glossário
Castração: “Em psicanálise, o conceito de “castração” não corresponde á acepção habitual de mutilação dos órgãos sexuais masculinos, mas designa uma experiência psíquica completa, inconscientemente vivida pela criança por volta dos cinco anos de idade, e decisiva para a assunção de sua futura identidade sexual.”
(J.-D. Nasio, 1997; p. 33)
Édipo: Para a psicanálise, o Édipo é a experiência vivida por uma criança de cerca de quatro anos que, absorvida por um desejo sexual incontrolável, tem de aprender a limitar, aos limites de sua consciência nascente, aos limites de seu medo e, finalmente, aos limites de uma lei tácita que lhe ordena que pare de tomar seus pais por objetos sexuais.
(NASIO, 2007, p. 12).
Erógeno: adj.(alem.:erogen;fr.:érogéne;ing.:erotogenic)
Diz-se de qualquer parte do corpo suscetível de manifestar uma excitação de tipo sexual. Para a psicanálise,a noção de zona erógena traduz o fato de que as pulsões parciais podem investir qualquer lugar do corpo.
(CHEMAMA. Roland, 1995, Pág:57).
Fálica: (fase) (alem.:phallische stufe (ou Phase);fr.:stade phallique;ing.:phallic stage (ou phase).Fase da sexualidade infantil,entre os 3 e os 6 anos,na qual,em ambos os sexos,as pulsões se organizam ao redor do falo.
Todavia,é verdade que o falo possui,como significante,um papel determinante para o sujeito,desde o início da vida, o que pode fazer com que se hesite em isolar uma fase fálica,enquanto tal.
(CHEMAMA. Roland, 1995, Pág.68).
Falo: o Falo não é o pênis enquanto órgão. O Falo é um pênis fantasiado, idealizado, símbolo da onipotência e de seu avesso, a vulnerabilidade.
(NASIO, 2007, p. 22).
Gozo: “Diferentes relações com a satisfação que um sujeito desejante e falante pode esperar e experimentar, no uso de um objeto desejado.”
(Roland Chemama, 1995; p. 90)
Histeria: s.f. (alem.: Hysterie; fr.: hystérie; ing.: hysteria). Neurose caracterizada pelo polimorfismo de suas manifestações clínicas.
A fobia, chamada algumas vezes de histeria de angústia, deve ser diferenciada da histeria de conversão. Essa última se distingue, classicamente, pela intensidade das crises emocionais e pela diversidade dos efeitos somáticos, que colocam em cheque a Medicina. A psicanálise contemporânea destaca a estrutura histeria do aparelho psíquico, engendrada por um discurso, dando lugar a uma economia e também a uma ética propriamente histérica.
(CHEMANA. Roland, 1995, Pág: 95 e 96).
Incesto: Relações sexuais entre parentes próximos ou afins, cujo casamento é proibido pela lei;por exemplo pai e filha,mãe e filho,irmão e irmã,tio e sobrinha,tia e sobrinho.
(CHEMAMA.Roland, 1995,Pág.105 e 106).
Masoquismo: Al.Masochismus; esp. Masoquismo; fr. Masochisme; ing. msochism.
Termo criado pro Richard von Krafft-Ebing * em 1986, e cunhado a partir do nome do escritor austríaco Leopold von Sacher-Masoch (1835-1895), para designar uma perversão* sexual – fustigação, flagelação, humilhação física e moral – em que a satisfação provém do sofrimento vivido e expresso pelo sijeito* em estado de humilhação.
( ROUDUNESCO. Elizabeth e PLON. Michel,1998, Pág: 500 e 501).
Metapsicologia: s.f.(alem.:Metapsychologie;fr.:métapsychologie;ing.:metapsycology)
Parte da doutrina freudiana considerada como a que deve esclarecer a experiência,a partir de princípios gerais,muitas vezes constituídos como hipóteses necessárias,em vez de sistematizações a partir de observações empíricas.
Se a obra de Freud atribui sua maior parte à abordagem clínica,se partiu do tratamento,e em particular do tratamento dos histéricos,não obstante logo teve a idéia de que seria absolutamente indispensável elaborar um certo número de hipóteses,de conceitos fundamentais,de “princípios”,sem os quais a realidade clínica seria incompreensível.Essas hipóteses se referem,em especial,à um aparelho psíquico dividido em instancias,a teoria do recalcamento,a das pulsões,etc.
Aliás,Freud tinha o projeto,que não conseguiu realizar por completo,de dedicar à metapsicologia uma grande obra.Seria nesse livro que se poderia falar de metapsicologia,sempre que se conseguisse descrever um processo em seus três registros,dinâmico*,tópico* e econômico*.
(CHEMAMA.Roland,1995,Pág:136).
Narcisismo: Amor que o sujeito atribui a um sujeito muito particular: a si mesmo.
(Chamama, 1995, p. 139)
Neurose: “É um sofrimento psíquico provocado pela coexistência de sentimentos contraditórios de amor, ódio, medo e desejos incestuosos para com quem se ama e de quem se depende.”
(NASIO, 2007,p.93)
Supereu: s.m. (alem.: Uber-Ich; fr.: surmoi;ing.:superego). Instância da nossa personalidade psíquica, cujo papel é de julgar o eu.
O termo “supereu” foi introduzido pro Freud, em 1923, em O ego e o id. O Supereu é a grande inovação da segunda tópica. Em novas conferências introdutórias spbre psicanálise (1933), Freud fornece dela esta descrição: “ Quis fazer um ato capaz de me satisfazer, me renunciei a ele, devido a oposição da minha consciência. Ou, ainda, cedi a um grande desejo; e, por sentir uma grande alegria, cometi um ato que minha consciência reprova; uma vez realizado o ato, minha consciência provoca, por suas censuras, o arrependimento [...]”. O supereu, que inibe nossos atos ou que provoca remorsos, é “ a instância judiciária de nosso psiquismo”. Portanto, está no centro da questão moral.
(CHEMANA. Roland,1995, Pág:210).
e) referencias
CHEMAMA, R. Dicionário de Psicanálise. 1. Ed. Porto Alegre. Artmed, 1995. 240p.
J. -D. NASIO. Édipo: o complexo que nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007
ROUDINESCO, E ; PLON, M. Dicionário de Psicanálise. 1. Ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar,1998. 874p.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Édipo: O complexo do qual nenhuma criança escapa.
Édipo: O complexo do qual nenhuma criança escapa.
Autor: Juan David Nasio
Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa é uma obra de Juan David Nasio, que aborda de uma forma dinâmica e acessível o complexo de Édipo, que se trata de uma fase que todas crianças passam. Uma fase onde sentimos desejos a atrações por nossos pais e parentes, lógico que de forma inconsciente. Abaixo um resumo do livro, onde vocês leitores poderão se deliciar um pouco com o mundo da Psicanálise. Vale a pena conferir!
“O Édipo é uma lenda que explica a origem da identidade sexual de uma mulher e de um homem e, além disso, a origem dos sofrimentos neuróticos. Esta lenda envolve todas as criança.”
A psicanálise gira em torno do completo de Édipo, o clichê da mesma é até hoje “O menino está apaixonado pela mãe e quer afastar o pai; a menina, por sua vez, apaixonada pelo pai, quer afastar a mãe.”
Mas o complexo de Édipo se da de maneira diferente para os meninos e para meninas.O Édipo não é uma história de amor e ódio entre pais e filhos, é uma história de sexo, desejo, fantasias e prazer. Ele é um imenso desejo sexual próprio de um adulto, vivido na cabecinha e no corpinho de uma criança de quatro anos inconscientemente.
A criança por sua vez passa também por uma crise edipiana, pois ela sente prazer e deseja os pais,e fica feliz quando consegui obter algo em relação a este prazer, mas ao mesmo tempo ela tem medo de não saber controlar seus desejos, e entra em conflito com isso, pois é o prazer erótico e o medo entre a exaltação de desejar e o medo de se consumir nas chamas do desejo. A criança mesmo sendo menino ou menina recalca fantasias e angústias,pára de tomar seus parentes por seus parceiros sexuais e torna-se com isso disponível para conquistar novos e legítimos objetos de desejo.E assim a criança passa por um período de relativa acalmia pulsional, e é na puberdade que irá produzir-se novamente, mas não mais voltada para seus pais e sim para o outro. Mas esta fase não é fácil para o jovem, pois o mesmo não sabe mais refrear seus impulsos e desejos como fizera no começo do Édipo, e é por isso que encontramos tantas dificuldades com o adolescente.Esse vulcão edipiano não se extingue na adolescência, muito mais tarde, na idade adulta, essas erupções poderão votar em forma de sofrimento neurótico como a fobia, a histeria e a obsessão.
Édipo do menino
Todos os meninos por volta dos três, quatro anos, focalizam seu prazer sobre o pênis. Nessa idade, o órgão peniano torna-se a parte do corpo mais rica em sensações e impõe-se como zona erógena dominante; pois ele percebe que quando o seu pênis é estimulado, o mesmo sente muitas sensações de prazer, e o menino de quatro anos também sente prazer em olhar o decote da mãe ou gosta de se mostrar nu em público.
Porém o pênis não é apenas o órgão mais rico em sensações, é também o objeto mais amado e o que reclama todas as atenções, é um apêndice visível, facilmente manipulável. O menino faz dele seu objeto narcísico, é a coisa de que ele tem mais orgulho, ele o eleva este símbolo do poder absoluto e da força viril, mas este órgão também é pela mesma razão, vivido como um órgão frágil, excessivamente exposto aos perigos, vulnerável.
O representante do desejo de meninos e meninas, é chamado de falo, mas o Falo não é o pênis enquanto órgão , o Falo é o pênis fantasiado, idealizado, simbólico, no caos do menino.
Nesta faze tanto quanto meninos e meninas acreditam que todos as criaturas do mundo detém de um falo. Mas toda esta idolatria pelo Falo vem em anexo a angústia de perde-lo e assim vem a angústia da castração, pois o menino observou o corpo da menina e notou que a ela não detém do mesmo falo que o seu, e por isso se sente vulnerável a castração e a dor da privação que aconteceu no corpo da menina.
A primeira manifestação do Édipo é o desejo de possuir o outro, em suma sua mãe, e ter um filho com ela. O Édipo não é acariciar ternamente a mãe, é desejá-la, é como se um criança mordesse as nádegas da mãe, por exemplo, isso é o Édipo um questão de sexo e não de amor.
A segunda fantasia do Édipo é de ser possuído pelo outro, o menino deseja ser possuído pela mãe, por um irmão mais velho ou até mesmo pelo pai.
A ultima fantasia do menino edipiano é suprimir o outro, em particular o pai, o outro provoca tanto prazer sexual quanto qualquer fantasia edipiana. O menino que matar o pai rival. Uma ocasião em que isso pode retratar bem esta fase; é quanto do pai vai viajar, e a criança brinca de chefe de família , ele quer partilhar o grande leito conjugal com a mãe.
Como já mencionamos o menino passa pela angústia de castração que é o avesso do prazer de fantasiar, mas esta angústia de castração acontece totalmente inconsciente, exceto alguns casos, nós não poderemos observar um menino de quatro anos e vê-lo transmitindo toda esta angústia pois isso acontece de maneira inconsciente, e involuntária. E é por isso que o menino abandona o Édipo, pelo medo de ser castrado, ele prefere protege seu Falo, ao invés de viver estes desejos incestuoso com seus parentes. Por ele vê o corpo da mãe, e da menina, percebendo que alguém perdeu o Falo, e ele não quer que isso aconteça com ele, pois o que ele deseja é o que não pode. E assim ele recalca mas não totalmente este desejos, fantasias e angústia. Aliviado, pode agora abrir-se para outros objetos desejáveis, mas dessa vez legítimos e adaptados às suas possibilidades reais.
“É graças a essa incorporação que a criança integra os interditos parentais que doravante imporá a si mesma. O resultado dessa passagem da sexualidade à moral é o que designamos supereu e os sentimentos que o exprimem: pudor senso de intimidade, vergonha e delicadeza moral.”
Édipo da menina
A menina passa por quatro fazes no tempo edipiano, o primeiro é o tempo pré-edipiano, que consiste em: ela tem quatro anos aproximadamente ela acredita deter de um falo grandioso, e sente desejo de possuir a mãe, neste tempo ela credita deter de algo muito precioso, e sente excitações clitoridianas.
Depois ela passa pelo tempo de solidão que é quando a menina, descobre que não detém do mesmo falo que o menino. No começo ela acredita que o seu vai crescer e ficar como o do menino, mas com o passar do tempo ela percebe que isso não acorrerá, e ela também percebe que a mãe também não detém deste falo, e cria uma revolta contra esta mãe, pois ela acredita que a mãe a privou de ter este falo, ela acha que a mãe mentiu para ela, a privou de ter este Falo, pois a fez acreditar que as duas possuíam o Falo. Neste tempo ela se sente muito sozinha e humilhada, nesta faze ela inveja o menino.
O terceiro tempo é do Édipo que é quando a menina volta-se para o pai, detentor do grande Falo, ela quer que o pai a de o seu falo, mais o pai se recusa, então ela quer que ele a console, neste tempo ela quer se tornar o falo do próprio pai, ela começa a se identificar com a mãe, é nesta faze que a menina, começa a querer utilizar as coisas da mãe, ela quer se parecer com a mãe, quer ser deseja pelo seu pai como objeto sexual.
O ultimo tempo é o de resolução do Édipo, mas lembrando que o Édipo da menina também volta na adolescência , como o do menino.
Nesta etapa ela vê que o pai a recusa, é como se pai dissesse que nunca poderá suprir seus desejos. E é nesta faze que ela se abre para o homem amado, ela descobre a vagina e o útero, e descobre que poderá conceber um filho do seu companheiro.
Para o homem o Falo é a força; para a mulher é o amor.
“O menino torna-se homem em dias, e a menina torna-se mulher progressivamente.”
“ Cada recém-chegado ao mundo está imbuído do dever de consumir o complexo de Édipo; quem não consegue está fadado à neurose.“ Sigmund Freud
“Um Édipo mal recalcado resulta; a neurose mórbida, de um Édipo traumático.”
O Édipo é a nossa primeira neurose saudável, está na origem e nossas penosa neurose ordinária de adulto. Os traumas infantis serão a causa de neurose mórbida e patológica que se instala na adolescência e persiste na idade adulta.Estes encerram-se o sujeito em uma solidão narcísica e doentia. Esse sofrimento, seja fóbico, obsessivo ou histérico, é provocado por um fato mais grave que o recalcamento não consegue recalcar, estas fantasias edipianas.
O individuo desenvolve a fobia quando no Édipo se sente abandonado, sendo este abando real ou imaginário. A obsessão é desenvolvida quando no Édipo a criança se sente mal tratada, sendo este real ou imaginário e enfim a histeria ela é desenvolvida quando a criança experimenta durante um contato excessivamente sensual com o adulto, de quem depende um intenso e sufocante prazer.
O texto traz alguns termos psicanalíticos, então, para que você leitor não perca nada sobre o texto crucial da Psicanálise, segue um glossário das principais palavras encontradas no texto.
Complexo de Édipo: “O complexo de Édipo constitui uma das problemáticas fundamentais da teoria e da clínica psicanalítica. Para a teoria psicanalítica, o momento crucial da constituição do sujeito situa-se no campo da cena edípica. Dessa forma, o Édipo não é somente o "complexo nuclear" das neuroses, mas também o ponto decisivo da sexualidade humana, ou melhor, do processo de produção da sexuação.” MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Édipo em Freud: O movimento de uma teoriaacesso em 30/05/2010.
“ Uma crise sexual do nascimento observável no comportamento das crianças, uma fantasia inscrita no inconsciente. O Édipo é tudo ao mesmo tempo; realidade, fantasia, conceito e mito.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007.)
Recalque: “Alt.: repressão; Sign.: “desalojado”, “empurrado para o lado”; Conot.: empenho de “abafar” ou “paralisar” a manifestação da uma idéia incomoda. Obs. 1: Freud combina o verbo drängen, “forçar passagem/ empurrar”, com prefixos ver-, nach ou vor – para descrever os movimentos de “empurrar forçando” na direção do consciente para o inconsciente.” (VERDRÄNGUNG, Die. O RECALQUE, pag. 187)
Neurose: “É um sofrimento psíquico provocado pela coexistência de sentimentos contraditórios de amor, ódio, medo e desejos incestuosos para com quem se ama e de quem se depende.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.93)
Falo: “É o pênis fantasiado, idealizado, símbolo de onipotência e de seu avesso, a vunerabilidade.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.22)
Fase fálica: “Durante essa fase, as crianças, meninos e meninas, acham que todas as crianças do mundo são dotadas de um Falo, isto é, que todas as crianças são tão fortes quanto elas.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.23)
Angústia de castração: “A angústia de castração acontece totalmente inconsciente, pois. O menino abandona o Édipo, pelo medo de ser castrado, ele prefere protege seu Falo, ao invés de viver estes desejos incestuoso com seus parentes. .” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.33)
Desejo incestuoso: “Desejo virtual, nunca saciado, cujo objeto é um dos pais e cujo objetivo seria alcançar não o prazer físico, mas o gozo.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p25)
Tempo pré- edipiano: “A menina é um menino. Sente desejo de possuir sua mãe.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Tempo de solidão: “A menina sente-se humilhada. Descobre que não possui um Falo.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Tempo do Édipo: “A menina deseja ser possuída pelo pai.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Resolução do Édipo: “A mulher deseja um homem. Descobre a vagina, o útero e o desejo de ter um filho de seu companheiro.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Depois de ler esse resumo e conhecer um pouquinho sobre o mundo da Psicanálise, você não acha que o melhor que tem a fazer agora e ler a obra completa do Édipo? Nos sinceramente a recomendamos!!
Referências:
NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007
VERDRÄNGUNG, Die. O RECALQUE
MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Édipo em Freud: O movimento de uma teoriaacesso em 30/05/2010.
Por, Daiane Cristina Schmitt e
Emanuele da Silva Lopes
Autor: Juan David Nasio
Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa é uma obra de Juan David Nasio, que aborda de uma forma dinâmica e acessível o complexo de Édipo, que se trata de uma fase que todas crianças passam. Uma fase onde sentimos desejos a atrações por nossos pais e parentes, lógico que de forma inconsciente. Abaixo um resumo do livro, onde vocês leitores poderão se deliciar um pouco com o mundo da Psicanálise. Vale a pena conferir!
“O Édipo é uma lenda que explica a origem da identidade sexual de uma mulher e de um homem e, além disso, a origem dos sofrimentos neuróticos. Esta lenda envolve todas as criança.”
A psicanálise gira em torno do completo de Édipo, o clichê da mesma é até hoje “O menino está apaixonado pela mãe e quer afastar o pai; a menina, por sua vez, apaixonada pelo pai, quer afastar a mãe.”
Mas o complexo de Édipo se da de maneira diferente para os meninos e para meninas.O Édipo não é uma história de amor e ódio entre pais e filhos, é uma história de sexo, desejo, fantasias e prazer. Ele é um imenso desejo sexual próprio de um adulto, vivido na cabecinha e no corpinho de uma criança de quatro anos inconscientemente.
A criança por sua vez passa também por uma crise edipiana, pois ela sente prazer e deseja os pais,e fica feliz quando consegui obter algo em relação a este prazer, mas ao mesmo tempo ela tem medo de não saber controlar seus desejos, e entra em conflito com isso, pois é o prazer erótico e o medo entre a exaltação de desejar e o medo de se consumir nas chamas do desejo. A criança mesmo sendo menino ou menina recalca fantasias e angústias,pára de tomar seus parentes por seus parceiros sexuais e torna-se com isso disponível para conquistar novos e legítimos objetos de desejo.E assim a criança passa por um período de relativa acalmia pulsional, e é na puberdade que irá produzir-se novamente, mas não mais voltada para seus pais e sim para o outro. Mas esta fase não é fácil para o jovem, pois o mesmo não sabe mais refrear seus impulsos e desejos como fizera no começo do Édipo, e é por isso que encontramos tantas dificuldades com o adolescente.Esse vulcão edipiano não se extingue na adolescência, muito mais tarde, na idade adulta, essas erupções poderão votar em forma de sofrimento neurótico como a fobia, a histeria e a obsessão.
Édipo do menino
Todos os meninos por volta dos três, quatro anos, focalizam seu prazer sobre o pênis. Nessa idade, o órgão peniano torna-se a parte do corpo mais rica em sensações e impõe-se como zona erógena dominante; pois ele percebe que quando o seu pênis é estimulado, o mesmo sente muitas sensações de prazer, e o menino de quatro anos também sente prazer em olhar o decote da mãe ou gosta de se mostrar nu em público.
Porém o pênis não é apenas o órgão mais rico em sensações, é também o objeto mais amado e o que reclama todas as atenções, é um apêndice visível, facilmente manipulável. O menino faz dele seu objeto narcísico, é a coisa de que ele tem mais orgulho, ele o eleva este símbolo do poder absoluto e da força viril, mas este órgão também é pela mesma razão, vivido como um órgão frágil, excessivamente exposto aos perigos, vulnerável.
O representante do desejo de meninos e meninas, é chamado de falo, mas o Falo não é o pênis enquanto órgão , o Falo é o pênis fantasiado, idealizado, simbólico, no caos do menino.
Nesta faze tanto quanto meninos e meninas acreditam que todos as criaturas do mundo detém de um falo. Mas toda esta idolatria pelo Falo vem em anexo a angústia de perde-lo e assim vem a angústia da castração, pois o menino observou o corpo da menina e notou que a ela não detém do mesmo falo que o seu, e por isso se sente vulnerável a castração e a dor da privação que aconteceu no corpo da menina.
A primeira manifestação do Édipo é o desejo de possuir o outro, em suma sua mãe, e ter um filho com ela. O Édipo não é acariciar ternamente a mãe, é desejá-la, é como se um criança mordesse as nádegas da mãe, por exemplo, isso é o Édipo um questão de sexo e não de amor.
A segunda fantasia do Édipo é de ser possuído pelo outro, o menino deseja ser possuído pela mãe, por um irmão mais velho ou até mesmo pelo pai.
A ultima fantasia do menino edipiano é suprimir o outro, em particular o pai, o outro provoca tanto prazer sexual quanto qualquer fantasia edipiana. O menino que matar o pai rival. Uma ocasião em que isso pode retratar bem esta fase; é quanto do pai vai viajar, e a criança brinca de chefe de família , ele quer partilhar o grande leito conjugal com a mãe.
Como já mencionamos o menino passa pela angústia de castração que é o avesso do prazer de fantasiar, mas esta angústia de castração acontece totalmente inconsciente, exceto alguns casos, nós não poderemos observar um menino de quatro anos e vê-lo transmitindo toda esta angústia pois isso acontece de maneira inconsciente, e involuntária. E é por isso que o menino abandona o Édipo, pelo medo de ser castrado, ele prefere protege seu Falo, ao invés de viver estes desejos incestuoso com seus parentes. Por ele vê o corpo da mãe, e da menina, percebendo que alguém perdeu o Falo, e ele não quer que isso aconteça com ele, pois o que ele deseja é o que não pode. E assim ele recalca mas não totalmente este desejos, fantasias e angústia. Aliviado, pode agora abrir-se para outros objetos desejáveis, mas dessa vez legítimos e adaptados às suas possibilidades reais.
“É graças a essa incorporação que a criança integra os interditos parentais que doravante imporá a si mesma. O resultado dessa passagem da sexualidade à moral é o que designamos supereu e os sentimentos que o exprimem: pudor senso de intimidade, vergonha e delicadeza moral.”
Édipo da menina
A menina passa por quatro fazes no tempo edipiano, o primeiro é o tempo pré-edipiano, que consiste em: ela tem quatro anos aproximadamente ela acredita deter de um falo grandioso, e sente desejo de possuir a mãe, neste tempo ela credita deter de algo muito precioso, e sente excitações clitoridianas.
Depois ela passa pelo tempo de solidão que é quando a menina, descobre que não detém do mesmo falo que o menino. No começo ela acredita que o seu vai crescer e ficar como o do menino, mas com o passar do tempo ela percebe que isso não acorrerá, e ela também percebe que a mãe também não detém deste falo, e cria uma revolta contra esta mãe, pois ela acredita que a mãe a privou de ter este falo, ela acha que a mãe mentiu para ela, a privou de ter este Falo, pois a fez acreditar que as duas possuíam o Falo. Neste tempo ela se sente muito sozinha e humilhada, nesta faze ela inveja o menino.
O terceiro tempo é do Édipo que é quando a menina volta-se para o pai, detentor do grande Falo, ela quer que o pai a de o seu falo, mais o pai se recusa, então ela quer que ele a console, neste tempo ela quer se tornar o falo do próprio pai, ela começa a se identificar com a mãe, é nesta faze que a menina, começa a querer utilizar as coisas da mãe, ela quer se parecer com a mãe, quer ser deseja pelo seu pai como objeto sexual.
O ultimo tempo é o de resolução do Édipo, mas lembrando que o Édipo da menina também volta na adolescência , como o do menino.
Nesta etapa ela vê que o pai a recusa, é como se pai dissesse que nunca poderá suprir seus desejos. E é nesta faze que ela se abre para o homem amado, ela descobre a vagina e o útero, e descobre que poderá conceber um filho do seu companheiro.
Para o homem o Falo é a força; para a mulher é o amor.
“O menino torna-se homem em dias, e a menina torna-se mulher progressivamente.”
“ Cada recém-chegado ao mundo está imbuído do dever de consumir o complexo de Édipo; quem não consegue está fadado à neurose.“ Sigmund Freud
“Um Édipo mal recalcado resulta; a neurose mórbida, de um Édipo traumático.”
O Édipo é a nossa primeira neurose saudável, está na origem e nossas penosa neurose ordinária de adulto. Os traumas infantis serão a causa de neurose mórbida e patológica que se instala na adolescência e persiste na idade adulta.Estes encerram-se o sujeito em uma solidão narcísica e doentia. Esse sofrimento, seja fóbico, obsessivo ou histérico, é provocado por um fato mais grave que o recalcamento não consegue recalcar, estas fantasias edipianas.
O individuo desenvolve a fobia quando no Édipo se sente abandonado, sendo este abando real ou imaginário. A obsessão é desenvolvida quando no Édipo a criança se sente mal tratada, sendo este real ou imaginário e enfim a histeria ela é desenvolvida quando a criança experimenta durante um contato excessivamente sensual com o adulto, de quem depende um intenso e sufocante prazer.
O texto traz alguns termos psicanalíticos, então, para que você leitor não perca nada sobre o texto crucial da Psicanálise, segue um glossário das principais palavras encontradas no texto.
Complexo de Édipo: “O complexo de Édipo constitui uma das problemáticas fundamentais da teoria e da clínica psicanalítica. Para a teoria psicanalítica, o momento crucial da constituição do sujeito situa-se no campo da cena edípica. Dessa forma, o Édipo não é somente o "complexo nuclear" das neuroses, mas também o ponto decisivo da sexualidade humana, ou melhor, do processo de produção da sexuação.” MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Édipo em Freud: O movimento de uma teoria
“ Uma crise sexual do nascimento observável no comportamento das crianças, uma fantasia inscrita no inconsciente. O Édipo é tudo ao mesmo tempo; realidade, fantasia, conceito e mito.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007.)
Recalque: “Alt.: repressão; Sign.: “desalojado”, “empurrado para o lado”; Conot.: empenho de “abafar” ou “paralisar” a manifestação da uma idéia incomoda. Obs. 1: Freud combina o verbo drängen, “forçar passagem/ empurrar”, com prefixos ver-, nach ou vor – para descrever os movimentos de “empurrar forçando” na direção do consciente para o inconsciente.” (VERDRÄNGUNG, Die. O RECALQUE, pag. 187)
Neurose: “É um sofrimento psíquico provocado pela coexistência de sentimentos contraditórios de amor, ódio, medo e desejos incestuosos para com quem se ama e de quem se depende.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.93)
Falo: “É o pênis fantasiado, idealizado, símbolo de onipotência e de seu avesso, a vunerabilidade.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.22)
Fase fálica: “Durante essa fase, as crianças, meninos e meninas, acham que todas as crianças do mundo são dotadas de um Falo, isto é, que todas as crianças são tão fortes quanto elas.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.23)
Angústia de castração: “A angústia de castração acontece totalmente inconsciente, pois. O menino abandona o Édipo, pelo medo de ser castrado, ele prefere protege seu Falo, ao invés de viver estes desejos incestuoso com seus parentes. .” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p.33)
Desejo incestuoso: “Desejo virtual, nunca saciado, cujo objeto é um dos pais e cujo objetivo seria alcançar não o prazer físico, mas o gozo.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p25)
Tempo pré- edipiano: “A menina é um menino. Sente desejo de possuir sua mãe.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Tempo de solidão: “A menina sente-se humilhada. Descobre que não possui um Falo.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Tempo do Édipo: “A menina deseja ser possuída pelo pai.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Resolução do Édipo: “A mulher deseja um homem. Descobre a vagina, o útero e o desejo de ter um filho de seu companheiro.” (NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007,p63)
Depois de ler esse resumo e conhecer um pouquinho sobre o mundo da Psicanálise, você não acha que o melhor que tem a fazer agora e ler a obra completa do Édipo? Nos sinceramente a recomendamos!!
Referências:
NASIO, Juan David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Zahar: Rio de Janeiro,2007
VERDRÄNGUNG, Die. O RECALQUE
MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Édipo em Freud: O movimento de uma teoria
Por, Daiane Cristina Schmitt e
Emanuele da Silva Lopes
Relacionando o complexo de Édipo com o ambiente hospitalar, e observando os setores de pediatria, UTI pediátrica, tanto meninos quanto meninas internadas, podemos ter pacientes com três anos ou mais, momento em que começam a vivenciar o complexo de Édipo. Como estão em ambiente hospitalar, dependem dos cuidados de médicos, enfermeiras, psicólogos e toda a equipe hospitalar, podendo nesse tempo, passar mais tempo com estes profissionais do que com os próprios pais ou responsáveis. Esses mesmos profissionais geram marcas no psiquismo dessas crianças, podendo inclusive perceber o afloramento do complexo.
Passando então para o setor de psiquiatria, pode-se observar o Édipo tardio, ou então mal sucedido, mergulhados nas neuroses, histerias e possíveis psicoses que esses pacientes apresentem.
Esses exemplos nos mostram quão importantes é o papel do psicólogo hospitalar, como mediador, ouvinte e observador, ajudando esses pacientes a atenuarem maior sofrimento, além daquele que vem junto com a doença, seja ela de qual origem for.
Édipo
O complexo de Édipo é um conceito criado pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. O complexo se refere a um conflito emocional que normalmente da-se inicio despertando nas crianças de aproximadamente 3 anos sentimentos opostos, amor e ódio, direcionado aos seus pais. Ele se manifesta tanto nos meninos quanto nas meninas, porem de forma diferente.
Sobre o Édipo do menino: A partir dos 3 anos os meninos focalizam o seu prazer sobre o pênis, se tornando o órgão mais rico em sensações. Com o passar dos meses o culto ao pênis o eleva ao nível de símbolo de poder e de virilidade, recebendo o nome de Falo. O falo não é o pênis enquanto órgão, é um pênis fantasiado, idealizado, símbolo da onipotência e do seu avesso. Excitado sexualmente, o menino de aproximadamente quatro anos vê surgir dentro de si uma força misteriosa, até então desconhecida: o impulso de se dirigir ao outro, ou, mais exatamente, de se dirigir aos seus pais (aos corpos deles) para ali encontrar prazer. Os três movimentos fundadores desse desejo do menino são: desejo de possuir o corpo do outro, desejo de ser possuído e o desejo de suprimir. Sem ser possível atingir a satisfação desses três desejos, como forma de consolo o menino passa a criar fantasias que lhe satisfazem imaginariamente. Quando o menino tem uma visão do corpo nu feminino, percebe que ele é desprovido de pênis e, sendo que existem seres que não o possuem, ele fica com medo de perdeu o seu. Sobre isso suas fantasias (que agora são fantasias de angustia) surgem com o medo de ser castrado pelo pai repressor, o medo de ser castrado pelo pai sedutor e o medo de ser castrado pelo pai rival. Dessa angústia de castração vem a resolução da crise edipiana, que consiste em três etapas: O recalcamento dos desejos, a renúncia aos pais como objeto de desejo e a incorporação dos pais como objeto de identificação. Ele deve fazer uma escolha: ou salva o seu falo-pênis ou fica com a sua mãe. Por causa do medo de perder seu falo-pênis, ele renuncia aos pais como objetos sexuais e recalca os seus desejos inconscientes.
Sobre o Édipo das meninas: elas passam primeiramente por uma fase pré-edipiana, onde a menina tem o desejo de possuir a mãe e julga ter um falo que a faz se sentir onipotente. Tal desejo se destrói quando a menina vê o corpo masculino nu e percebe que ele possui algo diferente que ela não tem, sendo assim se decepciona e sofre com a dor de ter sido privada do falo culpando sua mãe por isso, por ter mentido pra ela dizendo-lhe que ela possuía um falo todo-poderoso. A menina furiosa neste momento se afasta da mãe e procura o pai, o grande detentor do falo, ela quer reivindicar seu poder e sua potência para ser tão forte e poderoso quanto ele, faz isso o seduzindo. O pai a recusa. A menina, já que não pode ser sua mulher, agora quer ser como ele em suas maiores características. Essa entrada no Édipo é também o momento em que a mãe, após ter sido afastada, volta à cena e fascina a filha por sua graça e feminilidade. A menina então, espontaneamente, aproxima-se e identifica-se com a mãe. Após ter se identificado com os traços femininos, enfim abandona a cena edipiana, abrindo-se agora para os futuros parceiros de sua vida como mulher.
Abaixo segue o glossário para esclarecer alguns termos usados no livro:
Adolescência: os dicionários apontam para uma dupla origem da palavra adolescência. Uma indica que procede dos étimos latinos ad, para frente + olesco, crescer, arder, inflamar-se. A outra alude a adolescentia, derivada de adolescent, raiz de adolecens, particípio de adolescere (adol+esc+ent). Trata-se de um período de transformações, portanto de crise, especialmente no que se refere a construção de um sentimento de identidade. (ZIMERMANN,2001,p.21).
Complexo de Édipo: conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. Sob a sua dita positiva, o complexo apresenta-se como na história de Édipo-rei: desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Sob a sua forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao progenitor do sexo oposto. Na realidade, essas duas formas encontram-se em graus diversos na chamada forma completa do Complexo de Édipo. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001p.77)
Desejo: na comparação dinâmica freudiana um dos pólos de conflito defensivo. O desejo inconsciente tende a realizar-se restabelecendo, segundo as leis do processo primário, os sinais ligados as primeiras vivências de satisfação. A Psicanálise mostrou, no modelo do sonho, como o desejo se encontra em sintomas sob a forma de compromisso. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.113)
Dessexualização: estudando conjuntamente os fenômenos da dessexualização com o da sublimação. Freud concebeu que as sublimações se distinguem das gratificações substitutivas de caráter neurótico por meio de sua dessexualização, isto é, a gratificação do ego já não e pulsional. (ZIMERMANN,2001,p.107)
Falo: é importante estabelecer distinção entre falo e pênis. Este último designa concretamente o órgão anatômico masculino, enquanto o termo falo tem um significado de natureza simbólica, isto é, de poder. Falo e pênis muitas vezes se superpõem, tal como acontecia com regularidade na Antiguidade. Ainda hoje se pode ver uma grande quantidade de desenhos, esculturas e pinturas nos quais aparece um pênis túrgido representando significados alusivos ao poder, a sabedoria e a fecundidade. (ZIMERMANN,2001,p.139)
Fantasias: roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa de modo mais ou menos deformado pelos processos defensivos, a realização de um desejo e, em última análise, de um desejo inconsciente. A fantasia apresenta-se sob diversas modalidades: fantasias conscientes ou sonhos diurnos; fantasias inconscientes como as que a análise revela como estruturas subjacentes a um conteúdo manifesto; fantasias originárias. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001p.169)
Fase fálica: fase de organização infantil da libido que vem depois das fases oral e anal e se caracteriza por uma unificação das pulsões parciais sob o primado dos órgãos genitais; a criança de sexo masculino ou feminino, só conhece nesta fase um único órgão genital. A fase fálica corresponde ao momento culminante e ao declínio do Complexo de Édipo; o complexo de castração é aqui predominante. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.178)
Gozo: Lacan conferiu importante significação psicanalítica ao termo gozo, diferenciando-o de prazer. Embora Freud muito raramente tenha usado o termo gozo, é nele que Lacan se inspira, mais precisamente naquela constatação de Freud de que o bebê que é amamentado, mesmo depois de saciar sua necessidade orgânica, demora-se no seio da mãe, fazendo atos de sucção, agora movido por uma sensação de gratificação erógena. (ZIMERMANN,2001,p.169)
Histeria: classe de neuroses que apresentam quadros clínicos muito variados. As duas formas sintomáticas mais bem identificadas são a histeria de conversão, em que o conflito psíquico vem simbolizar-se nos sintomas corporais mais diversos, paroxísticos (ex: crise emocional com teatralidade) ou mais duradouros (ex: anestesias, paralisias histéricas, sensação de “bola faríngica”, etc.) e a histeria de angústia em que a angústia é fixada de modo mais ou menos estável neste ou naquele objeto exterior (fobias). (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.211)
Identificação: processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo desse outro. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série de identificações. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.226)
Identidade Sexual: condição de o sujeito se reconhecer e ser reconhecido como pertencente a um determinado sexo. Os estudos de Stoller (1968) visam a estabelecer uma distinção entre os aspectos biológicos que objetivamente, determinam se um sujeito é homem ou mulher e os aspectos psicológicos e sociais que promovem sua convicção e comportamento de homem ou mulher. (ZIMERMANN,2001,p.204)
Incesto: prática de relações sexuais entre parentes próximos, consangüíneos, cujo casamento é proibido por lei, como por exemplo, entre pai e filha, mãe e filho, irmão e irmã. Por extensão, o sentimento de proibição moral e cultural pode estender-se as relações sexuais entre tio e sobrinha, tia e sobrinho, padrasto e enteada, madrasta e enteado, sogra e genro, sogro e nora. (ZIMERMANN,2001,p.211,212)
Inconsciente: antes de Freud, os cientistas e filósofos já admitiam a existência de um inconsciente – no sentido da presença de algo que não pertence ao consciente – mas recusavam-lhe um caráter psíquico, atribuindo tudo que se passava no plano desconhecido da mente aos mistérios do corpo, da alma e do espírito. O inconsciente como região do psiquismo com leis próprias de funcionamento é uma descoberta estritamente freudiana. (ZIMERMANN,2001,p.212,213)
Inveja do pênis: a inveja do pênis nasce da descoberta da diferença anatômica entre os sexos: a menina sente-se lesada com relação ao menino e deseja possuir um pênis como ele. A inveja do pênis pode redundar em numerosas formas patológicas ou sublimadas. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.250,251)
Metapsicologia: termo criado por Freud para designar a psicologia por ele fundamentada, considerada na sua dimensão mais teórica. A Metapsicologia embora um conjunto de modelos conceituais mais ou menos distantes da experiência, tais como a ficção de um aparelho psíquico dividido em instâncias, a teoria das pulsões, o processo do recalque, etc. A Metapsicologia leva em consideração três pontos de vista: dinâmico, tópico e econômico. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.284)
Neurose de transferência: em comparação com as neuroses narcísicas, elas se caracterizam pelo fato de a libido ser sempre deslocada para objetos reais ou imaginários, em lugar de se retirar sobre o ego. Disso resulta serem mais acessíveis ao tratamento psicanalítico, porque se prestam a constituição no tratamento [...] (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.308,309)
Psicanálise: disciplina fundada por Freud e na qual podemos com ele distinguir três níveis: A)Um método de investigação que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) de um sujeito. Este método baseia-se principalmente nas associações livres do sujeito, que são a garantia da validade da interpretação [...] (LAPLANCHE, PONTALIS,2001,p.384,385)
Pulsão: processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética, fator de motricidade) que faz o organismo tender para um objetivo. Segundo Freud, uma pulsão tem a sua fonte numa excitação corporal (estado de tensão); o seu objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional; é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir sua meta. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.394)
Recalque ou Recalcamento: o termo original alemão empregado por Freud, Verdrängung, habitualmente aparece traduzido como recalque ou recalcamento ou, ainda, como repressão, embora a adequação da última tradução seja discutível. Fundamentalmente, o conceito de recalque está ligado a um processo pelo qual o sujeito procura repelir ou manter oculto no inconsciente as representações de pensamentos, imagens, fantasias e recordações que estejam ligadas a algum desejo pulsional proibido de surgir no consciente. (ZIMERMANN,2001,p.355)
Sexualidade: na experiência e na teoria psicanalítica, “sexualidade” não designa apenas as atividades e o prazer que dependem do funcionamento do aparelho genital, mas toda uma série de excitações e de atividades presentes desde a infância que proporcionam um prazer irredutível a satisfação de uma necessidade fisiológica fundamental (respiração,fome,função de excreção, etc.), e que se encontram a título de componentes na chamada forma normal do amor sexual. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.476)
Superego ou Supereu: uma das instâncias da personalidade tal como Freud a descreveu no quadro da sua segunda teoria do aparelho psíquico: o seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor relativamente ao ego. Freud vê na consciência moral, na auto-observação, na formação de ideais, funções do superego. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.497)
Transferência: designa em Psicanálise o processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da relação analítica. Trata-se aqui de uma repetição de protótipos infantis vivida com um sentimento de atualidade acentuada. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.514)
Referências:
LAPLANCHE,J.;PONTALIS,J.B.Vocabulário de Psicanálise. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,2001.
ZIMERMANN, D. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Porto Alegre: Artmed,2001.
NASIO, J.-D. Édipo – O complexo do qual nenhuma criança escapa. ed. Zahar
Alunas: Susane Tainara, Larissa Poletto, Bárbara Cristina e Ellis Priscila.
3° Semestre de Psicologia - Uniasselvi
Passando então para o setor de psiquiatria, pode-se observar o Édipo tardio, ou então mal sucedido, mergulhados nas neuroses, histerias e possíveis psicoses que esses pacientes apresentem.
Esses exemplos nos mostram quão importantes é o papel do psicólogo hospitalar, como mediador, ouvinte e observador, ajudando esses pacientes a atenuarem maior sofrimento, além daquele que vem junto com a doença, seja ela de qual origem for.
Édipo
O complexo de Édipo é um conceito criado pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. O complexo se refere a um conflito emocional que normalmente da-se inicio despertando nas crianças de aproximadamente 3 anos sentimentos opostos, amor e ódio, direcionado aos seus pais. Ele se manifesta tanto nos meninos quanto nas meninas, porem de forma diferente.
Sobre o Édipo do menino: A partir dos 3 anos os meninos focalizam o seu prazer sobre o pênis, se tornando o órgão mais rico em sensações. Com o passar dos meses o culto ao pênis o eleva ao nível de símbolo de poder e de virilidade, recebendo o nome de Falo. O falo não é o pênis enquanto órgão, é um pênis fantasiado, idealizado, símbolo da onipotência e do seu avesso. Excitado sexualmente, o menino de aproximadamente quatro anos vê surgir dentro de si uma força misteriosa, até então desconhecida: o impulso de se dirigir ao outro, ou, mais exatamente, de se dirigir aos seus pais (aos corpos deles) para ali encontrar prazer. Os três movimentos fundadores desse desejo do menino são: desejo de possuir o corpo do outro, desejo de ser possuído e o desejo de suprimir. Sem ser possível atingir a satisfação desses três desejos, como forma de consolo o menino passa a criar fantasias que lhe satisfazem imaginariamente. Quando o menino tem uma visão do corpo nu feminino, percebe que ele é desprovido de pênis e, sendo que existem seres que não o possuem, ele fica com medo de perdeu o seu. Sobre isso suas fantasias (que agora são fantasias de angustia) surgem com o medo de ser castrado pelo pai repressor, o medo de ser castrado pelo pai sedutor e o medo de ser castrado pelo pai rival. Dessa angústia de castração vem a resolução da crise edipiana, que consiste em três etapas: O recalcamento dos desejos, a renúncia aos pais como objeto de desejo e a incorporação dos pais como objeto de identificação. Ele deve fazer uma escolha: ou salva o seu falo-pênis ou fica com a sua mãe. Por causa do medo de perder seu falo-pênis, ele renuncia aos pais como objetos sexuais e recalca os seus desejos inconscientes.
Sobre o Édipo das meninas: elas passam primeiramente por uma fase pré-edipiana, onde a menina tem o desejo de possuir a mãe e julga ter um falo que a faz se sentir onipotente. Tal desejo se destrói quando a menina vê o corpo masculino nu e percebe que ele possui algo diferente que ela não tem, sendo assim se decepciona e sofre com a dor de ter sido privada do falo culpando sua mãe por isso, por ter mentido pra ela dizendo-lhe que ela possuía um falo todo-poderoso. A menina furiosa neste momento se afasta da mãe e procura o pai, o grande detentor do falo, ela quer reivindicar seu poder e sua potência para ser tão forte e poderoso quanto ele, faz isso o seduzindo. O pai a recusa. A menina, já que não pode ser sua mulher, agora quer ser como ele em suas maiores características. Essa entrada no Édipo é também o momento em que a mãe, após ter sido afastada, volta à cena e fascina a filha por sua graça e feminilidade. A menina então, espontaneamente, aproxima-se e identifica-se com a mãe. Após ter se identificado com os traços femininos, enfim abandona a cena edipiana, abrindo-se agora para os futuros parceiros de sua vida como mulher.
Abaixo segue o glossário para esclarecer alguns termos usados no livro:
Adolescência: os dicionários apontam para uma dupla origem da palavra adolescência. Uma indica que procede dos étimos latinos ad, para frente + olesco, crescer, arder, inflamar-se. A outra alude a adolescentia, derivada de adolescent, raiz de adolecens, particípio de adolescere (adol+esc+ent). Trata-se de um período de transformações, portanto de crise, especialmente no que se refere a construção de um sentimento de identidade. (ZIMERMANN,2001,p.21).
Complexo de Édipo: conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. Sob a sua dita positiva, o complexo apresenta-se como na história de Édipo-rei: desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Sob a sua forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao progenitor do sexo oposto. Na realidade, essas duas formas encontram-se em graus diversos na chamada forma completa do Complexo de Édipo. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001p.77)
Desejo: na comparação dinâmica freudiana um dos pólos de conflito defensivo. O desejo inconsciente tende a realizar-se restabelecendo, segundo as leis do processo primário, os sinais ligados as primeiras vivências de satisfação. A Psicanálise mostrou, no modelo do sonho, como o desejo se encontra em sintomas sob a forma de compromisso. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.113)
Dessexualização: estudando conjuntamente os fenômenos da dessexualização com o da sublimação. Freud concebeu que as sublimações se distinguem das gratificações substitutivas de caráter neurótico por meio de sua dessexualização, isto é, a gratificação do ego já não e pulsional. (ZIMERMANN,2001,p.107)
Falo: é importante estabelecer distinção entre falo e pênis. Este último designa concretamente o órgão anatômico masculino, enquanto o termo falo tem um significado de natureza simbólica, isto é, de poder. Falo e pênis muitas vezes se superpõem, tal como acontecia com regularidade na Antiguidade. Ainda hoje se pode ver uma grande quantidade de desenhos, esculturas e pinturas nos quais aparece um pênis túrgido representando significados alusivos ao poder, a sabedoria e a fecundidade. (ZIMERMANN,2001,p.139)
Fantasias: roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa de modo mais ou menos deformado pelos processos defensivos, a realização de um desejo e, em última análise, de um desejo inconsciente. A fantasia apresenta-se sob diversas modalidades: fantasias conscientes ou sonhos diurnos; fantasias inconscientes como as que a análise revela como estruturas subjacentes a um conteúdo manifesto; fantasias originárias. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001p.169)
Fase fálica: fase de organização infantil da libido que vem depois das fases oral e anal e se caracteriza por uma unificação das pulsões parciais sob o primado dos órgãos genitais; a criança de sexo masculino ou feminino, só conhece nesta fase um único órgão genital. A fase fálica corresponde ao momento culminante e ao declínio do Complexo de Édipo; o complexo de castração é aqui predominante. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.178)
Gozo: Lacan conferiu importante significação psicanalítica ao termo gozo, diferenciando-o de prazer. Embora Freud muito raramente tenha usado o termo gozo, é nele que Lacan se inspira, mais precisamente naquela constatação de Freud de que o bebê que é amamentado, mesmo depois de saciar sua necessidade orgânica, demora-se no seio da mãe, fazendo atos de sucção, agora movido por uma sensação de gratificação erógena. (ZIMERMANN,2001,p.169)
Histeria: classe de neuroses que apresentam quadros clínicos muito variados. As duas formas sintomáticas mais bem identificadas são a histeria de conversão, em que o conflito psíquico vem simbolizar-se nos sintomas corporais mais diversos, paroxísticos (ex: crise emocional com teatralidade) ou mais duradouros (ex: anestesias, paralisias histéricas, sensação de “bola faríngica”, etc.) e a histeria de angústia em que a angústia é fixada de modo mais ou menos estável neste ou naquele objeto exterior (fobias). (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.211)
Identificação: processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo desse outro. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série de identificações. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.226)
Identidade Sexual: condição de o sujeito se reconhecer e ser reconhecido como pertencente a um determinado sexo. Os estudos de Stoller (1968) visam a estabelecer uma distinção entre os aspectos biológicos que objetivamente, determinam se um sujeito é homem ou mulher e os aspectos psicológicos e sociais que promovem sua convicção e comportamento de homem ou mulher. (ZIMERMANN,2001,p.204)
Incesto: prática de relações sexuais entre parentes próximos, consangüíneos, cujo casamento é proibido por lei, como por exemplo, entre pai e filha, mãe e filho, irmão e irmã. Por extensão, o sentimento de proibição moral e cultural pode estender-se as relações sexuais entre tio e sobrinha, tia e sobrinho, padrasto e enteada, madrasta e enteado, sogra e genro, sogro e nora. (ZIMERMANN,2001,p.211,212)
Inconsciente: antes de Freud, os cientistas e filósofos já admitiam a existência de um inconsciente – no sentido da presença de algo que não pertence ao consciente – mas recusavam-lhe um caráter psíquico, atribuindo tudo que se passava no plano desconhecido da mente aos mistérios do corpo, da alma e do espírito. O inconsciente como região do psiquismo com leis próprias de funcionamento é uma descoberta estritamente freudiana. (ZIMERMANN,2001,p.212,213)
Inveja do pênis: a inveja do pênis nasce da descoberta da diferença anatômica entre os sexos: a menina sente-se lesada com relação ao menino e deseja possuir um pênis como ele. A inveja do pênis pode redundar em numerosas formas patológicas ou sublimadas. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.250,251)
Metapsicologia: termo criado por Freud para designar a psicologia por ele fundamentada, considerada na sua dimensão mais teórica. A Metapsicologia embora um conjunto de modelos conceituais mais ou menos distantes da experiência, tais como a ficção de um aparelho psíquico dividido em instâncias, a teoria das pulsões, o processo do recalque, etc. A Metapsicologia leva em consideração três pontos de vista: dinâmico, tópico e econômico. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.284)
Neurose de transferência: em comparação com as neuroses narcísicas, elas se caracterizam pelo fato de a libido ser sempre deslocada para objetos reais ou imaginários, em lugar de se retirar sobre o ego. Disso resulta serem mais acessíveis ao tratamento psicanalítico, porque se prestam a constituição no tratamento [...] (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.308,309)
Psicanálise: disciplina fundada por Freud e na qual podemos com ele distinguir três níveis: A)Um método de investigação que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) de um sujeito. Este método baseia-se principalmente nas associações livres do sujeito, que são a garantia da validade da interpretação [...] (LAPLANCHE, PONTALIS,2001,p.384,385)
Pulsão: processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética, fator de motricidade) que faz o organismo tender para um objetivo. Segundo Freud, uma pulsão tem a sua fonte numa excitação corporal (estado de tensão); o seu objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional; é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir sua meta. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.394)
Recalque ou Recalcamento: o termo original alemão empregado por Freud, Verdrängung, habitualmente aparece traduzido como recalque ou recalcamento ou, ainda, como repressão, embora a adequação da última tradução seja discutível. Fundamentalmente, o conceito de recalque está ligado a um processo pelo qual o sujeito procura repelir ou manter oculto no inconsciente as representações de pensamentos, imagens, fantasias e recordações que estejam ligadas a algum desejo pulsional proibido de surgir no consciente. (ZIMERMANN,2001,p.355)
Sexualidade: na experiência e na teoria psicanalítica, “sexualidade” não designa apenas as atividades e o prazer que dependem do funcionamento do aparelho genital, mas toda uma série de excitações e de atividades presentes desde a infância que proporcionam um prazer irredutível a satisfação de uma necessidade fisiológica fundamental (respiração,fome,função de excreção, etc.), e que se encontram a título de componentes na chamada forma normal do amor sexual. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.476)
Superego ou Supereu: uma das instâncias da personalidade tal como Freud a descreveu no quadro da sua segunda teoria do aparelho psíquico: o seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor relativamente ao ego. Freud vê na consciência moral, na auto-observação, na formação de ideais, funções do superego. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.497)
Transferência: designa em Psicanálise o processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da relação analítica. Trata-se aqui de uma repetição de protótipos infantis vivida com um sentimento de atualidade acentuada. (LAPLANCHE,PONTALIS,2001,p.514)
Referências:
LAPLANCHE,J.;PONTALIS,J.B.Vocabulário de Psicanálise. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes,2001.
ZIMERMANN, D. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Porto Alegre: Artmed,2001.
NASIO, J.-D. Édipo – O complexo do qual nenhuma criança escapa. ed. Zahar
Alunas: Susane Tainara, Larissa Poletto, Bárbara Cristina e Ellis Priscila.
3° Semestre de Psicologia - Uniasselvi
terça-feira, 4 de maio de 2010
www.youtube.com/watch?=gmfytbjr7t4
Tem vídeos emocionantes sobre a importancia dos psicólogos na CTI, como esta profissão pode ajudar as pessoas se recuperarem. Mostra que os pacientes não precisam só de remédios para o corpo, mas sim um alívio para a alma.
Juliana M.
Juliana M.
www.portaldomarketing.com.br
Este blog explica as diferenças entre a psicologia clinica e a hospitalar. Achei este sie interessante pois esclarece e ajuda-nos a entender quais os métodos que diferenciam o atendimento clínico do atendimento hospitalar.
Juliana M.
Juliana M.
http://www.psicoactiva.com/arti/articulo.asp?SiteIdNo=222
O site mostra a inserção do psicólogo nos hospitais e a atuação dentro da insituição. É um site simples, porém pode responder perguntas bem frenquentes referente a área de atuação do psicólogo dentro dos hospitais.
Bruna.
Bruna.
http://psicologiahospitalar.cjb.net/
Este site é falso. O link diz falar sobre psicologia hospitalar, porém quando entramos, não tem informações e não é um site em português.
Bruna.
Bruna.
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia
O portal da educação, não tras somente informações sober a área de psicologia hospitalar, trás sobre todas as áreas de atuação. Nele podemos encontrar cursos, dicas, depoimentos e diversas outras informãções importantes e esclarecedoras na área de atuação desejada.
Bruna.
Bruna.
www.psicologiananet.com.br
É um site exelente, pois trata de diagnósticos, as duas fases de avaliações, quais perguntas usar e o que avaliar. Muito bom.
Juliana Correia
Juliana Correia
psicologia-hospitalar.blogspot.com
É um site muito bom, contém informações muito importantes quanto à psicologia hospitalar sendo estas, entrevistas aplicadas em diversas áreas do hospital (casos). Nos ensina como fazer e atuar.
Juliana Correia
Juliana Correia
quinta-feira, 22 de abril de 2010
www.psicologando.com
O site trás uma visão geral da psicologia. Possui vários artigos desde a história da psicologia até a atuação de cada área.
Bianca.
Bianca.
www.psicosaude.com.br
Um site completo com uma boa explicação da área em que atua, indicando livros de aperfeiçoamento. Nele você também encontra vários artigos que podem solucionar dúvidas frequentes.
Bianca.
Bianca.
www.sbph.org.br
Este site é da Sociedade Brasileira de Psicologia hospitalar onde traz informações sobre vários cursos, congressos, links de hospitais do Brasil tudo onde se exerce está área. Muito interessante e antenado nos acontecimentos atuais. Recomendamos não só para os psicólogos e estudantes desta área, mas para todos que tem interesse em conhecer este trabalho.
Bianca.
Bianca.
domingo, 18 de abril de 2010
PSICOLOGIA HOSPITALAR
A Psicologia hospitalar ainda é pouco usada em muitos países, porém, no Brasil tem crescido cada dia mais, e vem estando muito presente na grade curricular das universidades.
A Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar foi fundada em 1997 por 45 psicólogos, com sede em Belo Horizonte-MG. Foi criada com o intuito de fazer reuniões pra divulgar pesquisas, organizar melhor a profissão e a definir suas atividades junto com CFP (Conselho Federal de Psicologia).
O psicólogo hospitalar busca observar o indivíduo em toda sua vida familiar, social, biológica e o psicológico. Mas, também tem psicólogos que atuam com a psicologia clínica e dão suporte a psiquiatria.
As abordagens que são usadas na psicologia hospitalar normalmente são psicologia cognitiva, psicologia comportamental, psicologia sistêmica e a psicanálise.
Atividades Realizadas:
- Atendimento psicoterapeuta
- Organizar e atuar em psicoterapia em grupo
- Grupos de psicoprofilazia e psicoeducação
- Atendimento em ambulatórios
- Atendimento em unidade de terapia intensiva
- Pronto atendimento em enfermarias
- Psicomotrocidade no contexto hospitalar
- Avaliação diagnostica
- Psicodiagnostico
- Consultoria e inconsultoria
- Atuação em equipe multidisciplinar
Seis Funções Básicas
- Função de coordenação: relacionada as atividades com os funcionário do hospital.
- Função de ajuda à adaptação: o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente.
- Função de interconsulta: ajuda os outros profissionais lidarem com os pacientes.
- Função de enlance: intervenção através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais para modificar ou instala comportamentos adequados dos pacientes.
- Função assistencial direta: atua diretamente com o paciente.
- Função de gestão de recursos humanos: para aproximar os serviços dos profissionais da organização.
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